...da minha rápida estadia em B 612...

Em busca de algumas respostas, fui me consultar com uma amiga. Ela muito sabiamente me recomendou que fizesse as malas, e viajasse. Quem sabe assim eu conseguisse espairecer? Concordei de imediato, pois outrora pude comprovar a real eficiencia dos poderes de relaxamento que uma mera caminhada possuia. Logo, o que pensar de uma jornada tão longa quanto a que me propunha.

Ainda mais quando em minha posse se encontrava um mapa, delicadamente traçado com o uso de nada mais que carvão. E neste, votos de boa-viagem se destacavam. Mas não somente isso. Como toda boa guia, minha querida amiga achou por direito indicar-me um certo ponto, o qual eu não podia deixar de visitar no meu retorno.

Pois bem. Parti. E na velocidade do pensamento, cheguei a B 612, onde encontrei um indíviduo. Pequeno em tamanho, mas grande em sabedoria, este magnânimo ser me cativou ao me ensinar o verdadeiro sentido desta mesma expressão, e não pude deixar de querer acompanhá-lo em uma viagem que ele mesmo se propunha a fazer, pouco após a minha chegada em seu lar.

E eis que me vi voltando a Terra, e atraves de seus olhos e da sabedoria por tráz deles, pude vê-la por um prisma que há muito não tinha acesso: o de uma criança. E lembram-se daquele imperdível ponto turístico que me havia sido indicado logo no início?! Então. Tive o privilégio de vê-lo acompanhado de tão ilustre companhia. Era o quadrante 74, para ser mais exato. Nunca vou me esquecer deste número.

Recomendo a todos que não somente o visitem, mas que passem por ali vez ou outra. Pois afinal de contas não é só para encarar os nossos erros que olhamos para o nosso passado. E nesta viagem, em que o tempo se torna algo de menor importância, aprendi ao se olhar para o passado pode-se, na realidade, estar olhando para o futuro.

Na próxima oportunidade, abusarei ainda mais da hospitalidade daquele pequeno planeta...